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O que é um seminário?

       Onde é a fábrica de padres?  As crianças comumente nos fazem esta pergunta de outra forma, mas acabam por imaginar o seminário como uma fábrica de padres. É possível, porém, que já tenhamos nos deparado com algum questionamento semelhante. E nós, sabemos o caminho percorrido por um jovem que almeja o sacerdócio?

     Primeiramente, devemos considerar o sacerdote como uma pessoa, um "escolhido dentre os homens e designado para representá-los em questões relacionadas com Deus" (Hb5,1). Aquele que, inspirado pelo Senhor, desejoso de servi-lo em seu povo através do sacerdócio, necessita ser formado, da mesma forma que um diamante deve ser lapidado para aumentar seu brilho. 

        Tal período de preparação não nos é estranho. Foquemos na vida do próprio Senhor Jesus, que viveu durante cerca de 30 anos numa perfeita submissão à Família de Nazaré. Outro exemplo é o dos apóstolos, os quais,  uma vez chamados por Cristo, seguem-no em sua missão, conhecem a Jesus de perto, testemunham a sua paixão e ressurreição, e , somente então, são enviados ao mundo para evangelizar e testemunhar a Verdade; tudo isso para destacar que gastaram um tempo com o Cristo antes de saírem pelo mundo para anunciar a Boa Nova. Basicamente este é o processo com quem almeja ser padre: é necessário recolher-se para estar com Jesus - tal recolhimento acontece num longo período de formação, ou seja, no seminário. 

      Um metáfora interessante é entender o seminário como uma sementeira. Etimologicamente, seminário significa exatamente isso: um conjunto de sementes que, por sua vez, germinarão num lugar específico e propício, que seja favorável para produzir inúmeros frutos. A Igreja também possui lugares nos quais seleciona e prepara sementes para produzir frutos no mundo: isto é o seminário. Cada diocese, porção da Igreja sob o poder de um bispo, possui o seu seminário no qual o jovem ingressa, vive alguns anos, recebendo a formação necessária para ser um santo sacerdote para, um futuro, estar a serviço da Igreja e, em especial, daquela diocese. Nossa Arquidiocese de Cuiabá também possui um lugar de formação desses, o Seminário Arquidiocesano Cristo Rei.

Como é a formação?

       A formação em nosso Seminário compreende 8 anos: o primeiro é o propedêutico. Em seguida, duas etapas que correspondem ao Seminário Maior: três anos dedicados a etapa do discipulado correspondente ao curso de filosofia e quatro anos dedicados a etapa do discipulado correspondente ao curso de teologia. Além disso, a rotina de formação envolve, não somente os estudos citados, mas também várias horas dedicadas à oração, ao trabalho, ao esporte, à vida comunitária, às atividades arquidiocesanas que sempre contam com o apoio do Seminário. Ao término dos vários anos de formação, o candidato, sendo acompanhado pelos padres formadores (que também vivem no Seminário) e por seu diretor espiritual, ao receber a aprovação de seu processo formativo, é admitido para a ordenação diaconal e, consequentemente, à ordenação sacerdotal.

    Como não se trata de um caminho tão simples, fica clara a importância do Seminário na formação dos novos padres. E serão muitos os beneficiados por este longo, mas belo processo formativo: em nosso Seminário são formados os padres que acompanharão sacramental e espiritualmente muitos fiéis já participantes e ativos nas comunidades em nossos dias. Mas não somente no momento presente podemos constatar tal fruto: também estarão presentes na vida das gerações vindouras, levando o Cristo vivo e ressuscitado por meio dos Sacramentos e da Palavra pregada em cada celebração.

Porque a Igreja precisa de um seminário?

       A autoridade da Igreja mostrou um cuidado especial na instrução e educação da juventude destinada ao sacerdócio criando, em 15 de julho de 1563, os seminários no Concílio de Trento.

      Todo vocacionado necessita de acompanhamento vocacional para o discernimento de sua vocação. A preparação para receber o sacramento da Ordem é fundamental para habilitar o padre à sua missão na Igreja e no mundo: seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo!

     Imitar o Verbo Encarnado é dever de todos os cristãos e, de modo especial,d aqueles que o Senhor chamou ao ministério sacerdotal. O seminário é o local ideal para o aprendizado desta imitação de Cristo, numa vida comunitária e hierárquica aos moldes de Nazaré, onde Nosso Senhor passou 30 anos se preparando para a missão apostólica, através da oração e do trabalho, sob o olhar amoroso de São José e de Nossa Senhora.

    O espírito de sacrifício e a imitação de Cristo recruta vocações eclesiásticas para a formação sacerdotal destacando seu caráter ascético, litúrgico, intelectual e pastoral. E essa formação não teria o mesmo fruto se fosse aplicada fora do ambiente do seminário.

       Desta forma, todo seminário deve ser um ambiente favorável para o acompanhamento e desenvolvimento das vocações sacerdotais. Tal processo, porém precisa ser acompanhado por uma realidade muito necessária: a oração! Rezemos, então, de acordo com o preceito do Senhor: " A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peça ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe" ( Mt 9 ,37-38)

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